Em busca do Reino das Torres Verdes, na Serra dos Candeeiros, com a luz do Sol e o brilho do azul celestial:
Estávamos à espera de um comboio a vapor, preto e vermelho, daqueles que desenham nuvens no Céu, mas ele não estava lá. Foi o Ogre do bosque que escondeu os carris. As Fadas tentaram remediar o sucedido e sobre o caminho estenderam macios tapetes de veludo verde. Mas o Ogre não desistiu e sobre o veludo colocou uma passadeira de pedras que tivémos de superar. Alguém muito forte, rompeu a montanha e deixou ali uma passagem em cujo fundo se avistou a luz que alimenta a esperança.
Cheirámos a Terra molhada e o doce aroma do alecrim, observámos as formas que o Ogre adopta quando se funde nas rochas, descobrimos um abrigo na montanha construído por uma alma cujo poder do coração amoroso alivia o cansaço de quem se põe ao caminho, recuperámos energia numa laranja espremida e do alto da serra avistámos um castelo cujas torres verdes anunciaram a gratificação de missão cumprida. Descobrimo-lo, ele existe...
E os porquinhos (mais de 3) e as ovelhinhas e a vaca que ri... e as orquídeas selvagens e as plantas que parece que picam mas não picam e as janelas da montanha...
E a pata do Ogre carimbada na lama!!! «Não mãe, isso é o sapato de alguém!».
Leonor Bento Fialho
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